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Governança ainda é gargalo nas médias varejistas de alimento, aponta FDC

12/12/2023

Com mais de 94 mil lojas no Brasil e faturamento em 2022 de R$ 695 bilhões, o comércio varejista de alimentos cresce, mesmo em meio a um ambiente de incertezas. Mas, segundo o Guia para a Competitividade das Médias Empresas de São Paulo, elaborado pela Fundação Dom Cabral (FDC), o setor ainda esbarra em problemas de governança.

Pesquisas do Centro de Inteligência em Médias Empresas da FDC afirmam que o tema “governança e pessoas” é um dos seis fatores prioritários para alavancar a competitividade das Médias Empresas. Os outros são: valor da marca para o cliente; maturidade digital; resiliência; inovação e internacionalização.

As mesmas pesquisas da FDC apontam que, em 2022 e em 2023, as médias empresas de varejo e atacado de alimentos do estado de São Paulo apresentaram imaturidade em aspectos relevantes da gestão. O guia destaca que esse é um tema importante para as empresas enfrentarem os desafios do setor e a concorrência das grandes redes.

Segundo o guia, as médias varejistas de alimentos possuem processo de governança e eficácia de conselho quase inexistentes, o que dificulta a tomada de decisão, que é essencial para um ritmo de crescimento mais seguro.

Além disso, elas têm baixo grau de maturidade em gestão da inovação e nos setores de comercial, de marketing e de pessoas, que são essenciais para a longevidade e a diferenciação em relação às grandes empresas.

Por fim, o guia ainda aponta que essas empresas precisam evoluir na gestão da cadeia de suprimentos, o que é fundamental para a eficiência na gestão de estoques, a redução de desperdício e a ruptura nas lojas.

Governança corporativa: conceito e aplicação

Para superar esse gargalo é importante que as empresas procurem se adequar à lógica da governança corporativa, começando por entendê-la. Pela definição do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) fica claro que uma empresa com governança atende aos diferentes interesses de stakeholders.

Segundo o IBGC, “governança corporativa é um sistema formado por princípios, regras, estruturas e processos pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas, com vistas à geração de valor sustentável para a organização, para seus sócios e para a sociedade em geral. Esse sistema baliza a atuação dos agentes de governança e demais indivíduos de uma organização na busca pelo equilíbrio entre os interesses de todas as partes, contribuindo positivamente para a sociedade e para o meio ambiente”.

No seu Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, o IBGC detalha cinco princípios da governança corporativa: integridade, transparência, equidade, responsabilização e sustentabilidade. De acordo com o documento, esses princípios “aplicam-se a qualquer tipo de organização, independentemente de porte, natureza jurídica ou estrutura de capital” e formam o alicerce sobre o qual se desenvolve a boa governança.

Para empresas de capital fechado, o IBGC criou a Métrica, uma autoavaliação gratuita com o objetivo de ajudar as empresas a monitorarem sua governança corporativa. A ideia é estimular as empresas a uma constante reflexão sobre seu estágio de maturidade em governança.

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