Ações criativas e até lucrativas miram a diminuição de gases poluentes, utilização de energia renovável e reaproveitamento de materiais
Dia 16 de março é o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, uma oportunidade para cidadãos, empresas e organizações em geral se mobilizarem em torno do tema, repensarem ações e assumirem um papel ativo na redução dos impactos.
De acordo com projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), nos próximos 100 anos a temperatura média global poderá aumentar entre 1,8°C e 4,0°C, e o nível médio do mar entre 0,18 e 0,59 m, o que alteraria significativamente o nosso ecossistema. Alguns dos danos causados por essa elevação da temperatura são considerados irreversíveis, mas ainda há muito a se fazer para impedir outras ameaças decorrentes da alteração climática.
Algumas empresas já entenderam que precisam ser protagonistas nessa luta, seja para compensar os impactos negativos que elas mesmas trazem no seu processo produtivo, seja para se posicionar em um mercado de consumidores conscientes ou porque realmente entenderam seu papel e estão preocupadas com a sustentabilidade dos seus negócios.
Na luta pela redução desses impactos há diversas ações que podem ser adotadas, seja na emissão de gases poluentes, uso de energia renovável, reutilização de materiais, entre outras. Conheça algumas ações emblemáticas desenvolvidos por empresas brasileiras e que podem inspirar nesse dia de conscientização:
1
Via Varejo e seus carros elétricos
Dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, a Via Varejo investiu em mobilidade, implementando em 2021 veículos totalmente elétricos para realizar entregas na cidade de São Paulo. Durante o ano de 2022, os veículos percorreram 298 mil quilômetros e evitaram a emissão de 144 toneladas de CO2. A iniciativa ajuda a companhia a cumprir sua meta de reduzir as emissões de carbono até 2025 e tornar os processos de logística mais sustentáveis.
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Natura e seus produtos sustentáveis
Internacionalmente conhecida como uma empresa sustentável, a Natura contribui para a redução dos impactos das mudanças climáticas em diversas frentes. Algumas das ações mais emblemáticas estão na área de produto, como a criação da linha Natura Ekos, em 2000, que alinha a utilização de bioingredientes de fontes renováveis à sociobiodiversidade amazônica.
Além disso, desde 1983, a empresa trabalha com refis em seus produtos. De acordo com a empresa, apenas com essa iniciativa, economizou-se, por ano, o equivalente ao lixo produzido por 5,5 milhões de pessoas em um único dia.
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Ambev e seus Eco Coolers
A Ambev desenvolve ações diversas para reduzir o uso de energia elétrica e tem a meta de chegar a 100% de energia vinda de fontes limpas e renováveis. Em 2019, a empresa desenvolveu os Eco Coolers, que são geladeiras que reduzem em até 50% seu consumo energético em comparação com modelos convencionais.
Além disso, a Ambev recolhe geladeiras antigas de bares e restaurantes e as transforma em equipamentos ecológicos. Segundo a Ambev, mais de 70% do parque de geladeiras da companhia já foi transformado em Eco Coolers, totalizando 465 mil. Até 2025, a transformação chegará a 100% do parque. De acordo com a empresa, essa iniciativa permite a redução da emissão de 33 mil toneladas de CO2 na atmosfera por ano, o equivalente ao sequestro de carbono de 198 mil árvores.
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Renner e seu jeans de baixo impacto
A empresa tem uma meta ousada para 2030: 100% das roupas de todas as marcas Renner serão mais sustentáveis, incluindo o uso de matérias-primas têxteis certificadas, agroecológicas e recicladas. Para isso, a empresa adota processos de economia circular, como menor consumo de água, de energia e de insumos químicos nos processos industriais. Um dos cases emblemáticos da marca é a linha de jeans, que já alcançou a marca de 100% de produtos com características menos impactantes.
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Suzano e sua indústria eco-eficiente
Já a Suzano, que fabrica bioprodutos a partir do eucalipto, dá sua parcela de contribuição para a preservação do clima com uma estratégia de eco-eficiência industrial. A empresa garante disposição final adequada de todos os resíduos provenientes da sua produção, seja por meio de reaproveitamento, transformação em energia e até fertilizante orgânico. Além disso, a indústria gera quase o total de energia consumido em sua produção e o excedente é vendido como energia renovável capaz de abastecer uma cidade com 1,4 milhão de habitantes.