Tema recorrente nas discussões de negócios, o ESG é uma área estratégica para as organizações e vem atraindo cada vez mais a atenção dos executivos. Mas, muito mais que um departamento dentro de grandes empresas, a sustentabilidade precisa estar na operação do dia a dia dos negócios, independente do seu tamanho.
Quem está na ponta da cadeia, lidando com clientes e fornecedores também precisa ser sensibilizado com a urgência do tema, a fim de que o ESG “ganhe as ruas” e saia do discurso de escritório.
Para ajudar nessa sensibilização e formação, a Coca-Cola liberou mais um curso em seu hub para capacitação de microempreendedores, o “Coca-Cola dá um gás no seu negócio”. A formação “Tempero Sustentável” foi criada pela Abrasel e o Sebrae e apresenta o tema do ESG de forma didática e contextualizada à rotina dos bares e restaurantes.
A ideia é mostrar como os estabelecimentos podem aderir ao tema e ainda aumentar suas vendas e atrair clientes de forma mais sustentável.
Os vídeos são apresentados pelo ator Hugo Bonemer e traz dicas relacionadas à gestão de resíduos, controle do desperdício de água e energia, compra de alimentos de origem responsável e transparência nas relações com funcionários, clientes e fornecedores.
O curso é oferecido gratuitamente aos gestores de pequenos bares e restaurantes, que, ao final do curso, recebem um certificado em nome da companhia e da Abrasel.
“Nosso objetivo é munir os empreendedores com informações que são pertinentes ao seu negócio, e por isso este conteúdo não poderia faltar. O ESG pode e deve ser aplicado para todos os tamanhos de empresas e o Tempero Sustentável ajuda a aproximar o tema do pequeno varejo alimentício. São pequenas mudanças e práticas que podem trazer muitos benefícios tanto ambientais quanto financeiros. Prover este conhecimento para esse público reforça o compromisso da companhia em refrescar o mundo e fazer a diferença”, afirma Katielle Haffner, Head de Relações Corporativas e ESG da Coca-Cola Brasil.
Cases de sucesso
Embora seja um setor cheio de oportunidades para soluções em sustentabilidade, o varejo de alimentação ainda tem muito o que avançar nesse tema. A pesquisa Pulso do Pequeno Negócio, realizada pelo Sebrae em parceria com o IBGE, mostra que, no setor de alimentação, somente 36% dos empreendimentos usam material reciclável em sua produção; 10% captam água da chuva ou reutilizam água; e 6% usam energia solar.
Mas, embora ainda sejam minoria, há importantes cases de sucesso que servem de inspiração para o setor. É o caso do Ifood, que em abril de 2023, adotou uma embalagem ecológica para transporte de alimentos de restaurantes parceiros.
Trata-se de uma embalagem biodegradável e 100% compostável feita de palha de milho, um resíduo agrícola tradicionalmente pouco aproveitado e que substitui outros materiais mais poluentes, como o plástico. A expectativa da empresa é distribuir 500 mil embalagens até o fim de agosto.
Outra ação bem-sucedida e que ajuda o varejo de alimentos é a ação “Volte Sempre”, da Heineken, que tem o objetivo de reciclar garrafas de vidro. Para isso, a empresa instala em bares e restaurantes máquinas coletoras que são capazes de triturar as embalagens de vidro descartáveis. A iniciativa abrange estabelecimentos com média diária de 50 sacos de lixo com garrafas descar
tadas. Ao usar as máquinas – que armazenam cerca de 400 longnecks trituradas – os bares e restaurantes economizam em sacos de lixo, produtos de limpeza e espaço físico para armazenamento.
Texto: Thaíne Belissa