ME
NU

Notícias

Como o impacto social está presente nos modelos de negócios, pesquisas acadêmicas e movimentos da sociedade civil organizada

Jungheinrich propõe transformação sustentável de armazéns logísticos

04/10/2023

Quem vê uma empilhadeira em um armazém de logística não imagina, mas ela pode ajudar a salvar o planeta. Foi o que a Jungheinrich percebeu ao se debruçar sobre o seu propósito como empresa de intralogística – setor que dá conta de todas as movimentações dentro dos centros de distribuição, antes da mercadoria ir para o caminhão.

Comprometida com a construção de um futuro mais sustentável e feliz, a companhia fez o movimento de olhar para os seus processos e desenhar uma forma de conscientizar e induzir seus clientes a substituírem suas máquinas a combustão – como as empilhadeiras – por equipamentos elétricos, que geram menos poluição. A Jungheinrich passou a plantar, junto à organização social, Copaíba, 30 árvores a cada veículo que seus clientes substituem.

Recentemente, a Jungheinrich ampliou o projeto com o lançamento do livro “Viva a Mata Atlântica!”, produzido em parceria com a Copaíba e com a MOL Impacto.

Confira a entrevista completa com o Head de Treinamento e Marketing América Latina, Lauro Carvalho.

A Jungheinrich se propõe a subsidiar seus clientes com soluções para os desafios da indústria 4.0. Pensando nesse contexto de uma indústria do futuro, como a empresa toca sua agenda de sustentabilidade?

O início dessa história foi quando a gente começou a entender o capitalismo consciente e buscar nosso propósito. A gente entendia que a empresa tinha que ser mais que o produto e focar no seu porquê. Então, desenvolvemos o propósito da empresa que é “movimentar o mundo para um futuro mais  feliz e sustentável, inspirando pessoas a cuidarem de pessoas e do planeta”. E aí desenvolvemos algumas ações palpáveis porque a gente também não queria que fosse apenas algo de marketing, mas que fosse possível ver a evolução real.  E aí, em outubro de 2021, criamos nossa campanha “O Meio Ambiente Ganha o Dobro”, voltada para o plantio de árvores. 

Você pode explicar um pouco mais dessa campanha?

Quase 50% dos equipamentos da intralogística que estão no mercado brasileiro hoje são a combustão. São máquinas que produzem CO2, barulho e calor, prejudicando muito a saúde do operador. Só pra você ter ideia o assento de uma empilhadeira a combustão chega a 50 graus. Fora isso, esse CO2 também contamina os produtos que estão ali, o que é bem problemático para uma indústria de fármacos e alimentos, por exemplo. 

Então, a gente fez essa campanha para conscientizar o mercado a fazer essa troca dos equipamentos a combustão para os elétricos. Funciona assim: a cada equipamento a combustão que o nosso cliente troca por um elétrico, a gente planta 30 árvores junto com a ONG Copaíba. E essa campanha continua até hoje porque os clientes que trocaram a frota toda começaram a perguntar: “mas eu não estou mais plantando árvore?” Então agora, a gente também planta mais 5 árvores para qualquer produto comprado ou alugado conosco. Até hoje já foram 9265 árvores plantadas e quase 400 mil poupadas.

Os ganhos ambientais dessa campanha são óbvios, mas de que maneira ela também gera outros impactos positivos? Sociais, por exemplo?

Eu acredito que essa é uma campanha com atuação 360 graus porque também tem o produtor pequeno, que atua nessas áreas. Sem esse apoio da Copaíba, por meio do nosso projeto, esses produtores não teriam condições de fazer o plantio dessas árvores, sendo que eles usam essas terras para o seu sustento. Outra questão é que muitos deles não sabem como plantar e quando a gente compra uma semente para que ele plante, ela vem com tudo: com o conhecimento sobre como plantar, com o suporte de cuidado dela e com o entorno dela, que passa por questões como poda e eliminação de pragas. Então, realmente não é só plantar uma árvore, mas uma ação com impacto positivo 360 graus.

Inclusive impacto em saúde, se você pensa na diminuição da poluição, né?

Sim. Nós já temos um movimento no Brasil pelo carro elétrico, mas a gente quer trazer isso pra intralogística porque lá o cenário é ainda pior. Estamos falando de um galpão fechado, então imagine uma máquina gerando esses gases dentro desse ambiente, contaminando pessoas e produtos que estão ali. E hoje, infelizmente, não há uma fiscalização muito minuciosa, no sentido de medir essa emissão e garantir que os operadores usem máscaras de proteção. Por isso, no nosso propósito tem essa questão que é inspirar pessoas a cuidarem de pessoas e do planeta.

Nós realmente queremos que o nosso cliente cuide melhor dos operadores dele. E o ganho é do operador, que vai terminar o dia bem e ser mais feliz, mas também da empresa que vai diminuir o absenteísmo e vai ser mais atrativa para outros profissionais que vão querer trabalhar lá. A gente acredita na intralogística com causa, no que a gente pode trazer pro mundo e que gera benefício para todos.

Vocês também acabam de lançar o livro “Viva A Mata Atlântica!” em parceria com a MOL. Por que investir em um livro, quais os ganhos dessa estratégia?

Começamos a perceber que a gente também precisava trabalhar na base de educação e explicar porque as árvores são importantes. Então, trouxemos a proposta do livro que fala sobre preservação da Mata Atlântica, sobre como plantar e a importância das árvores para a fauna, a flora e para a água. Esse livro vai ser doado às crianças de escolas públicas, durante uma atividade de excursão na Copaíba. Para as escolas particulares nós faremos a venda do livro e com o valor queremos alcançar mais crianças que não têm condições de pagar.

É importante dizer que o livro foi construído a 4 mãos com a experiência de editoração da MOL e a história da Copaíba. São textos curtos pra não ficar massante e com muitas propostas para que a criança aprenda brincando. Também tem QR codes para quem deseja se aprofundar no assunto. Além disso, cada livro doado ou vendido gera uma árvore plantada. A ideia é que esse seja um projeto que se multiplique e a criança leve o conhecimento para os pais, parentes e amigos. Nada mais lindo que ter crianças embaixadoras de uma causa como essa.

Texto: Thaíne Belissa

GOSTOU?
FALE COM A GENTE
LEIA TAMBÉM