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Como o impacto social está presente nos modelos de negócios, pesquisas acadêmicas e movimentos da sociedade civil organizada

Ranking de nações doadoras aponta que generosidade se mantém no pós pandemia

21/11/2023

Cerca de 70% da população mundial adulta (4,2 bilhões de pessoas) ajudou alguém que não conhecia, fez trabalho voluntário ou doou dinheiro para uma boa causa em 2022. É o que mostra o World Giving Index,  uma das maiores pesquisas sobre doação no mundo, que inclui dados de 142 países. Realizada desde 2009, a pesquisa é uma iniciativa da organização britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada no Brasil pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.

A pontuação global do World Giving Index foi de 39, somente um ponto abaixo da máxima registrada em 2021, período em que a generosidade no mundo foi maior por conta dos efeitos da pandemia. O resultado divulgado este ano (referente a dados coletados em 2022) indica que o aumento das doações globais vistas durante a pandemia foi mantida.

O país mais generoso do mundo é a Indonésia, pela sexta vez consecutiva.  Em segundo lugar, está a Ucrânia, que deu um salto em relação ao ano passado, quando ocupava a décima posição. Entre os 10 primeiro colocados apenas três países  estão entre as maiores economias do mundo (Indonésia, Estados Unidos e Canadá) e em quarto lugar está a Libéria, que é o um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do mundo.

O Brasil ficou em 89ª lugar este ano, o que significa uma queda de 71 posições em relação a 2021. A queda foi puxada por todos os indicadores: doações para ONGs  passaram de 41% para 26%;  ajuda a estranhos caiu de 76% para 64%; e voluntariado foi de 25% para 21%. Mesmo com a queda, os resultados no Brasil também apontam para a manutenção da generosidade pós pandemia, tendo sido a segunda maior pontuação do país desde o lançamento do índice, em 2009. 

Para Neil Heslop OBE, CEO da Charities Aid Foundation, os resultados do World Giving Index dão razões para otimismo em um momento de grande instabilidade. “A diversidade de países que lideram o índice destaca isso: eles cobrem o espectro da riqueza e do desenvolvimento econômico, da geografia, da língua, da religião e da cultura. Doar é construir uma conexão com aqueles que nos cercam, estejam eles do outro lado da rua ou do outro lado do mundo. É por isso que pedimos aos governos que façam mais para encorajar aqueles que podem dar dinheiro e tempo, e promover organizações da sociedade civil vibrantes e resilientes, que enfrentam desafios socioambientais e o impacto de conflitos e deslocamentos populacionais”, afirma.

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