Especializada em roupa íntima e pijamas, a Hope é uma marca que pensa, sobretudo, nas necessidades do universo feminino. E isso está ligado às estratégias de negócios, mas também às suas ações de impacto social. Projetos desenvolvidos pela Hope, como o “Doe Esperança” e o “Costurando Sonhos” beneficiam milhares de mulheres em situação de vulnerabilidade. Além disso, a marca tem uma preocupação com a produção sustentável, utilizando tecido biodegradável e energia renovável em sua fábrica.
A sócia e diretora do Grupo Hope, Sandra Chayo, explica que as ações de sustentabilidade e impacto social fazem parte do DNA da marca, fundada por seu pai, Nissim Hara, que sempre reforçou essa cultura. “A Hope nasceu com esse nome (esperança em inglês) justamente para deixar um legado no mundo. Nos preocupamos com o futuro do planeta e produzimos peças com alta durabilidade justamente porque pensamos no amanhã”, afirma.
Na área de impacto social, uma das ações mais importantes da marca é o projeto “Costurando Sonhos”, desenvolvido na comunidade de Maranguape, no Ceará, onde ficam o parque fabril e o centro de distribuição da Hope. Em parceria com a prefeitura municipal e o Instituto Centro de Ensino Tecnológico, a marca oferece capacitação no ofício de costura, além de maquinário para a confecção. Ao fim do curso, a Hope ainda oferece a possibilidade de contratação dos alunos em sua fábrica.
“O curso ainda gera outro impacto que é a doação das peças que são confeccionadas durante a formação dos alunos. Elas são doadas às mulheres em tratamento contra o câncer de mama da Associação Deusas da Mama”, completa.
Doe Esperança
Em 2021 a marca lançou outro projeto com o objetivo de impactar positivamente a vida de mais mulheres, dessa vez aquelas que se encontram em situação de rua. O “Doe Esperança” é um programa que convida mulheres do Brasil todo a doarem peças íntimas e pijamas que estejam em boas condições de uso e de qualquer marca. Todas as peças são encaminhadas para uma lavanderia industrial e, em seguida, distribuídas a mulheres em situação de vulnerabilidade.
Sandra Chayo explica que, depois da água e do alimento, as roupas íntimas estão entre as necessidades básicas caracterizadas como mais urgentes entre as pessoas em situação de rua. Por outro lado, no Brasil há uma cultura de não doação de roupa íntima e, por isso, poucas peças chegam a essas mulheres. “Temos no imaginário que não é higiênico ou mesmo algumas superstições e crenças populares sobre outra mulher usando sua calcinha. Precisamos vencer essa barreira cultural, tornar esse projeto conhecido e mostrar às mulheres que elas podem dar novo uso para essas peças que hoje são jogadas no lixo”, diz.
Antes de lançar a campanha, a marca consultou especialistas sobre a saúde da mulher e o uso de calcinhas doadas. De acordo com a consulta da empresa, a peça que passa por uma lavanderia industrial não oferece nenhum risco de contágio de doenças e, portanto, é uma roupa que pode ser doada assim como qualquer outra.
Segundo a diretora da Hope, só no segundo semestre de 2021, a marca distribuiu 6 mil peças, a partir da doação dos colaboradores da fábrica e dos clientes das lojas próprias da Hope. Mas, ela explica que a empresa decidiu ampliar o projeto e compartilhá-lo com as franquias da marca, o que trará um potencial muito maior de arrecadação.
“Decidimos envolver a rede de franqueados porque entendemos que essas ações de filantropia não precisam ser algo só da companhia. O empresário local pode ajudar a partir da comunidade dele. Então, formatamos o projeto, criamos urnas de coleta e distribuímos pelas lojas do Brasil uma cartilha informativa que explica aos franqueados que as peças precisam ser higienizadas em lavanderia industrial e distribuídas para uma comunidade carente”, detalha. Segundo Sandra, 270 lojas da rede participam do projeto em todo o Brasil.